No dia 08 de Setembro de 2011 fomos percorrer os 49,2 km da ecopista do Dão, entre as cidades de Santa Comba Dão e Viseu. Às 06h45 arrancamos de Barcelos em direcção a Aveiro, onde às 08h30 parámos, por motivos vários, junto à ria de Aveiro. Às 09h30 arrancávamos de Aveiro para Santa Comba Dão, via Souselas, onde chegamos perto das 11h00.
Montadas as bicicletas, que como de costume se transportam bem
acondicionadas no nosso veículo de quatro rodas, e estacionando devidamente bem
a viatura, já que à chegada nos foi informado que a zona registava recentemente
um número anormal de crimes, às 11h30 partíamos da estação de Santa Comba. A
estação de caminhos-de-ferro ainda hoje vê comboios passar, em direcção à
Guarda e à fronteira Espanhola… curiosamente, a locomotiva 4724 esperava a hora
de partida com um mercadorias para a Pampilhosa.
A ecopista do Dão começa precisamente a 400 metros da
estação, onde a antiga linha de via estreita passava por baixo da via larga. O
comboio, que antigamente ia em direcção a Viseu e depois para Espinho, já por
aqui não passa desde 1989. Mas ficou um extenso património que
felizmente chegou aos nossos dias e se encontra relativamente bem preservado.
Nesta parte inicial, a ecopista apresenta-se em piso azul e
em fantásticas condições para corrida. Agora descemos a uma média de 35 km/h durante 4 km,
até à antiga ponte ferroviária metálica de 122 metros que atravessa o rio
Mondego. A partir daqui a ecopista começa ligeiramente a subir (não mais que 1%) e
a média cai para os 20 km/h. Primeira estação é Treixedo, em ruínas, mas limpa
e relativamente bem conservada. Depois segue-se um pequeno pontão de 35 metros,
também metálico, o apeadeiro de Nagosela, que só existe porque está
referenciado no mapa que nos acompanha - hoje não há qualquer vestígio. Entretanto
a cor do piso da ecopista muda para verde, simbolizando que deixamos o
concelho de Santa Comba e entramos no concelho de Tondela. Vem a estação de Tonda,
conservada e por isso motivo de muitas fotografias, depois o apeadeiro de Porto
da Lage, que também não existe, mais um pontão metálico desta vez de 98 metros,
e às 12h54 entramos no primeiro grande entroncamento desta linha, a estação de
Tondela. Pausa para almoçar num belo restaurante no centro da cidade, apreciando
a bela gastronomia do Dão, e às 13h57 voltava-se novamente à ecopista.
Agora seguem os apeadeiros de Naia e Casal do Rei, sem quaisquer
vestígios, um pontão de 10 metros e a estação da Sabugosa. Muito bem estimada,
com, por exemplo, um parque de diversões e de merendas. Depois vem Parada de
Gonta, dentro do estilo da anterior, e segue-se o primeiro túnel do percurso,
de 180 metros. No túnel troca-se novamente de concelho, agora para o de Viseu,
e, por isso, a ecopista apresenta-se agora com piso vermelho. Surge a estação
de Farminhão, depois o apeadeiro da Várzea, sem paragem porque nada existe, e a
estação de Torredeita, onde ao contrário das outras, tem em exposição um
comboio completo, com a locomotiva a vapor Henschel E204. Ao nosso lado direito sucede o engraçado apeadeiro de Mosteirinho (uma “paragem de autocarro”
construída em madeira), seguindo-se uma majestosa ponte de 184 metros, também
metálica. Até Viseu, surge um túnel de 43 metros, a estação de Figueiró, o apeadeiro
de Travassos de Orgens, a estação de Tondelinha e o apeadeiro de Vil de
Moinhos.
Chegada à estação de Viseu às 16h05. Mas onde está a estação?
Uma rotunda? Está ali o depósito… já é alguma coisa. Umas fotografias e tal e
regresso a Santa Comba Dão. O regresso, às 16h15, é realizado sem paragens para
fotografias e à média entre os 25 e os 30 km/h… de facto o percurso é mais favorável
em direcção a Santa Comba. Às 17h25 paragem de 40 minutos em Tondela, para
lanche, e às 18h45 chegada à estação terminal de Santa Comba Dão. O conta-quilómetros
regista 104,45 km e 4h53 a circular… média de 21,38 km/h.
O regresso a casa, de automóvel, foi realizado por Viseu e Aveiro, e a chegada ao Minho registou-se pelas 22h00. Valeu a pena e venha o próximo!
É difícil mostrar tudo, mas aqui fica um cheirinho das 200 e tal fotografias obtidas...
Rio Mondego...
Ponte sobre o rio Mondego...
Estação do Treixedo...
Estação do Farmilhão...
E o registo para a história!